

Lipoplastia:
Seguimento Cirúrgico:
Lipoaspiração, liposucção, particularmente me simpatiza mais o termo lipoplastia e lipoescultura, embora este último deva ser reservado para as transferências de células de gordura para partes que desejamos modelar, preencher, modificar, em suma esculpir. Aspiração em si dá a impressão de limpeza, alguma coisa mecânica, não médica. Vamos analisar as satisfações, insatisfações e apreensões dos pacientes nas diversas fases da convalescença pós lipo. Os pacientes que tem um distúrbio de sua imagem corporal não ficarão nunca satisfeitos não importa o que você faça ou a eles se dedique. Os que têm pensamentos mágicos ou grandes expectativa de mudanças de vida, nunca ficarão felizes. O paciente precisa ter, sobretudo um perfil psicológico normal. Alguns serviços já adotam nas consultas pré-operatórias a de um psicólogo. A lipo que produz maior satisfação e menores queixas pós-operatórias são as de retiradas de culotes ou melhoras no perfil das coxas. Em contrapartida as que produzem menor satisfação são as de braços seguidas de panturrilhas e tornozelos. Lipoplastias de abdômen, pelas irregularidades residuais e ondinhas podem trazer algumas queixas, mas situam-se entre as de satisfação dos pacientes. Pacientes na faixa dos 20 e acima de 55 anos são mais satisfeitos em geral do que os entre 30 e 40 (dados da Lypolisis Society of North America). O paciente bem informado pelo cirurgião tem um menor grau de ansiedade, mais confiança e disposição com relação às fases de desconforto pós-operatório.
Fases da convalescença:
Estas fases são vistas na maioria dos pacientes e ocorrem de um modo sequencial. Podem ser mais breves ou prolongadas do que aqui descritas, mas todos passam por cada uma delas. As fases identificáveis são: fase da cinta, fase da fadiga, fase do desapontamento, fase de alivio e fase da satisfação.
Fase da cinta (de um á sete dias). Nesta fase inicial de injuria aguda aos tecidos manipulados temos edema, alterações bioquímicas (queda no hematócrito, nas proteínas séricas, perdas liquidas de íons sódio e potássio etc.) que podem levar a dores de cabeça e fraqueza. Por volta do 4º dia os fluidos corporais se elevam e o paciente urina o excesso. Neste período o paciente se sente cansado sonolento, desconfortável. O paciente tem poucas perguntas nesta fase. As cintas e placas de compressão são usadas por 24 h e o único exercício consiste em caminhar.
Fase da fadiga (do 8º ao 15º dia). Nesta fase removem-se os pontos, os pacientes fatigam-se facilmente e apresentam certa inabilidade em se concentrar. O ferro sérico e proteínas plasmáticas estão baixos refletindo o impacto metabólico da cirurgia. O colágeno começa a se depositar nas áreas lipoaspiradas e o edema começa a ceder. Neste período de 10 ‘a 14 dias deve-se iniciar as massagens e drenagem linfática duas vezes por semana em torno de quatro semanas.
Fase de desapontamento (do 16º ao 25º dia) edemas e equimoses persistentes ainda estão presentes, este período pode ser breve ou prolongado dependendo da quantidade removida. O paciente deve ter em mente que o reparo do colágeno só está 50% completo após 17 dias e 100% por volta de 42 dias. A remodelação total dos feixes colágenos após um ano. A remoção de gordura e remodelação ocorre em três estágios: no 1º estágio temos imediata perda de quantidades de tecido gorduroso. No 2º estágio temos a ruptura de células adiposas durante uma ou duas semanas devido ‘a lesão mecânica provocada pelas cânulas durante o procedimento. No 3º estágio temos a deposição de colágeno retração e remodelação das camadas de gordura durante alguns meses. Nesta fase o paciente deve começar os exercícios de fitness.
Fase de alívio (de 25 a 42 dias). Os resultados já começam a aparecer no espelho nas roupas mais largas e jeans folgados. Os pacientes começam a perder a ansiedade pelos resultados. O desejo por novas roupas indica que eles já estão aceitando a nova imagem corporal. Incentivos para exercícios corporais, caminhadas, natação, ciclismo, fitness geral, aeróbica e dança.
Fase de satisfação (após seis semanas) Os resultados continuam a modelar e mudar pelo menos por três a seis meses para a maioria das áreas e de seis a nove para pernas e coxas. Pequenas perdas ainda são esperadas. Se os pacientes passam por esta fase de alivio normalmente e aceitam a sua nova imagem como sua verdadeira imagem corporal eles estarão felizes e satisfeitos consigo mesmos e com o cirurgião. Se ao contrário tiverem distúrbios de sua imagem corporal leves ou moderados se tornarão queixosos crônicos, vão querer um retoque aqui ou ali e com certeza verão pequeno ou nenhum resultado obtido apesar de todos os esforços do cirurgião em dar retoques questionáveis, ou não garantidos para tentar amenizar a situação que não atinge o problema real que na verdade não tem indicação cirúrgica. Seguimento: Três seis e doze meses para fotografias e consultas. Irregularidades do contorno corporal são avaliadas quatro meses após a cirurgia. Se há algum nódulo ou irregularidade(ondas) que está preocupando o paciente e pode ser melhorado, não há motivo par ser adiado. Tais retoques são feitos com anestesia local. Os entendimentos financeiros de tais retoques pós operatórios devem ser tratados antes da cirurgia. Os abdomens podem continuar a melhorar até seis meses após a cirurgia e os adiamentos nestes casos são aceitáveis. O desejo de manter os resultados obtidos dá uma chance ao cirurgião para aconselhamentos nutricionais, programas apropriados de exercícios, largarem o hábito de fumar ou outras terapias de grupo. A alteração de hábitos mesmo que anteriormente tentados e mal sucedidos deve ser feita agora. Os benefícios da massagem e ultra som incluem a redução das dores locais, melhoras da parte psicológica e edemas. O ultrassom aquece os tecidos mais rapidamente antes do uso de massagem, ele reduz a formação de aderências e na dissolução de nódulos subcutâneos. Os procedimentos de massagem e ultrassom são iniciados entre o 10º e 14º dia de pós operatório. Um total de oito a dez tratamentos num período em torno de três a quatro semanas. Preferencialmente seis massagens nas primeiras duas semanas, duas na terceira semana e duas na quarta semana. Os tratamentos variam em duração dependendo das áreas operadas. Poderão durar de 45 minutos à uma hora em áreas maiores. Em poucas ou áreas menores poderão durar menos. Fricção e pequenos beliscamentos com os dedos são usados intercalados com técnicas mais vigorosas em todas as áreas subcutâneas espessadas.

